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segunda-feira, 8 de abril de 2013

FÓRUM: Guaraqueçaba: Gestão Ambiental em Crise - 10/11 Maio/2013

GUARAQUEÇABA – RANKING ESTADUAL E NACIONAL

 


Há algo de muito errado com a mudança de paradigma no
 
 município, se algum ambientalista quiser aprender sobre 

como não administrar uma APA é só analisar os índices  

relativos à APA de Guaraqueçaba espelhados no Índice 

Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) de 2009. 

 Veja as posições dos últimos municípios em IDH do Paraná:



Tunas do Paraná (subiu da 397ª para 390ª colocação).

Goioxim (subiu para 391ª posição).

Laranjal (subiu da 393ª para 392ª colocação).

Doutor Ulisses (subiu da 398ª para 396ª colocação).

Guaraqueçaba (manteve-se como último colocado).

Quando ampliamos a visão e comparamos os índices do

  município com os 5565 outros do Brasil a situação ainda é 

pior, sua posição é 5071ª, confira no quadro:



No município de Guaraqueçaba há uma conjunção de fatores que promovem a escassez e a pobreza dentre elas destacam-se:

1°- concepção do movimento ambientalista (ONGs, Governo) focados excessivamente na preservação do meio mas com pouca ênfase no bicho homem.


2° - descaso dos governantes estaduais e federais por incompetência do executivo local.
                  Modelo de Gestão  Gerador de Pobreza

A partir de 1985, com a delimitação da APA, pesquisadores passaram a enfatizar os conflitos ambientais e a propor formas de desenvolvimento sustentável. A proposta desta concepção consistia em integrar e preservar a biodiversidade num processo que garantisse a qualidade de vida às populações da região.

28 anos se passaram e muitos diagnósticos foram realizados: monografias, dissertações e teses, além de inúmeros projetos de manejos envolvendo universidades, ONGs, empresas e governo. Contudo, a população rural da APA de Guaraqueçaba continua sofrendo. O município apresenta o menor IDH do estado do Paraná. Nos últimos anos as abordagens utilizadas nas políticas destinadas ao município, fundamentaram-se basicamente na limitação de espaços a se proteger e/ou na regulamentação da utilização de seus recursos naturais, sem se definir por formas efetivas de conciliação entre desenvolvimento socioeconômico e proteção da natureza.

Isso deve-se também ao pouco consenso entre os órgãos e agentes que atuam na região - ONGs, órgãos ambientais, universidades, pesquisadores, entre outros - sobre quais as estratégias e/ou políticas a serem utilizadas a fim de que se alcance o denominado desenvolvimento sustentável, tanto para a preservação dos recursos naturais como para a sociedade que vive no seu meio. Esta controvérsia insere-se num quadro de conflitos e desarticulações entre níveis de governo e de interesses contraditórios entre os diferentes grupos da sociedade local, gerando uma situação complexa em que as relações sociedade e natureza se constroem fragmentadas e não privilegiam aos interesses mais amplos da população local.

O papel das pesquisas científicas na região de Guaraqueçaba infelizmente não tem sido o de produzir conhecimentos para a comunidade local. Estes geralmente ficam à mercê de iniciativas projetadas em escritórios técnicos refrigerados das metrópoles. Parece essencial, no contexto de buscar propostas adequadas para a região, levar em conta a complexidade do meio natural e da formação histórica das comunidades que o compõe, e estes passam pelo resgate da agricultura comercial e da de subsistência, que não têm apenas uma dimensão social e cultural, mas também econômica e assim possibilitar a reequilíbrio social e econômico de uma população excluída, ou em vias de tornar-se, por falta de iniciativas efetivas e eficientes de políticas de desenvolvimento e de sustentabilidade. 



Vanderlei Xavier
Consultor Técnico Ambiental

http://www.guaraquecaba.pr.gov.br/index.php

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